26 de janeiro de 2012 0 comentários

Reflexões sobre juventude

1.    Um grupo de jovens é importante?
A resposta mais óbvia em nossas comunidade é dizer que sim. Mas não sejamos óbvios. Antes de sermos tão diretos, é bom que se pensem duas coisas: importante para quê e para quem. Cansei de ver grupos de jovens por aí que eram simplesmente mão de obra barata, juventude organizada para fazer eventos. Certamente que esta é uma etapa importante para qualquer grupo de jovens, mas não pode ser um fim para si próprio. A proposta de um grupo de jovens da Pastoral da Juventude é ir além disso.
O documento de Aparecida nos pede que sejamos Discípulos e Missionários de Jesus, ou seja, seguidores de Seus passos e mensageiros de Seu projeto. Nada disso se faz sem um bom preparo, sem método ou sem acompanhamento. Grupo de jovens é importante sim, se for um espaço de reflexão da vida, iluminada pelas opções evangélicas vividas, testemunhadas e anunciadas por Jesus e espaço também para que se possa planejar uma ação dentro e fora dos muros da comunidade eclesial. Jesus disse que não veio para as pessoas sadias, mas para as doentes. Há muito o que se fazer por e junto com tanto jovens que só tem uma idéia remota do que quer dizer cristianismo. Fazer sozinho é difícil. Fazer em grupo é a solução mais clara.
Um grupo de jovens não é só um espaço para discussões teóricas. Fala-se e partilha-se vida. E com isso as pessoas crescem. Muito se aprende na convivência sadia de um grupo assim. Quanto mais a teoria dialogar com o cotidiano melhor. Quanto mais as pessoas se formarem criticamente diante da realidade, melhor. As opções e projetos de vida são partilhados e amadurecidos no grupo. E não há quem diga que isto não seja importante.

2.    Por onde devo começar?
Começar o quê? Um grupo novo? A reerguer seu grupo que estava desanimado, cabisbaixo, jururu? Acho que é mais interessante falarmos de um grupo novo por ora. Se o seu caso é o outro (o do grupo jururu), veja se algo do que vem abaixo lhe serve também. Certamente haverá nas outras perguntas, inclusive, algo que lhe será útil.
Onde a maioria dos grupos de jovens hoje começam? Com remanescentes da catequese de crisma. Há um erro, um acerto e um alerta nesta opção. Qual o erro? A catequese crismal é (mas não deveria ser) um fim em si mesma, ou seja, o objetivo último de muitos jovens que estão ali é receber um sacramento e não a continuidade de uma vida cristã amadurecida. Na minha cabeça, um grupo de jovens sempre deveria acontecer antes de um grupo de crisma. Só receberia o sacramento da confirmação o jovem que já estivesse comprometido com a sua comunidade de fé.
Qual o acerto desta escolha? É o de dizer à estes jovens que há um espaço na comunidade para que eles possam por em prática tudo o que vivenciaram durante o seu período de catequese e experimentar novas formar de se viver em grupo.
Por fim, qual o alerta? Gente, não vamos dar remédios para os sadios! Há muitos outros jovens fora dos muros das igrejas. Eles estão nas praças, nas escolas, nos clubes, nas faculdades, nas esquinas. São amigos dos amigos dos amigos dos jovens que vocês conhecem. Sempre há um canal para se entrar em contato com eles. Os jovens que vieram do crisma não são a “salvação da lavoura” ou a única alternativa!! Como dizia Milton Nascimento, “todo artista tem de ir aonde o povo está”.
Na PJ, chamamos esta etapa de “convocação”, é quando o grupo está se formando. O contato pessoal é importantíssimo.  Conhecer cada pessoa, saber seu nome, fazer o convite, tal qual fez Jesus: “vem e segue-me”. Não há, porém, “receita de bolo” para fazer isto. Quem convida, precisa saber o que motiva ou pode despertar no jovem o interesse em participar e se o seu grupo tem este ambiente que ele espera. Isto tem que ser bem organizado, preparado e feito de forma criativa e atrativa.
Se estes jovens puderem olhar para a vida daqueles que os convidam e ver algo novo, bonito e atrativo é um grande passo. O testemunho daquilo que vivemos diz muito mais do que belos discursos.
Esse material é tirado do blog http://pejotando.blogspot.com
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Celebração Vocacional para grupos - Fevereiro 2012

Celebração Vocacional - Fevereiro – 2012

Fraternidade e Saúde Pública!

Material: Cartaz da campanha da fraternidade 2012, imagens, fotos que recordam a situação da saúde pública.

1. Acolhida: Canto da Campanha da Fraternidade 2012

A.    Caríssimos irmãos e irmãs, a doença é uma situação recorrente em nossas comunidades e famílias, onde encontramos os mais diferentes tipos de enfermidades que debilitam o corpo e, não raro, também, o espírito. Diante da dor e do sofrimento humanos somos convidados a marcar presença junto aos doentes, escutando-os, fazendo-lhes companhia, sendo solidários às suas reais necessidades, como Jesus que tocava e curava (cf. Mc 10,46-52). Assim, a oração e o sacramento não serão uma formalidade, mas expressão da ternura do Pai e da predileção de Jesus pelos que sofrem (cf. Mt 25,31-46). Que o Senhor envie seu espírito, primeiro dom a nos ser concedido pelo Ressuscitado, que tudo cura, liberta e salva.

T.    Em Nome do Pai e do Filho e do espírito Santo. Amém!  (pode ser cantado)

A.    A Campanha da Fraternidade deste ano deseja sensibilizar a todos sobre a dura realidade de irmãos e irmãs que não tem acesso à assistência de um sistema de Saúde Pública condizente com suas necessidades. Realidade que fere a dignidade da pessoa e clama por ações concretas e humanizadoras, convertendo estruturas de morte em estruturas de vida em abundância (cf. Jo 10, 10).

T.    “Tua Palavra que nos chama à conversão, cura doença, dá saúde ao coração”!

A.    Nós queremos nesta quaresma - tempo de conversão, oração, jejum e caridade - pedir ao Senhor que acolha nosso coração contrito e humilhado pela descrença e falta de solidariedade.

L1.  Senhor, que fazeis passar da morte para a vida quem ouve a vossa palavra, tende piedade de nós.

T.    Senhor, tende piedade de nós.

L2.  Cristo, que quisestes ser levantado da terra para atrair-nos a vós, tende piedade de nós.

T.    Cristo tende piedade de nós.

L3.  Senhor, que nos submeteis ao julgamento da vossa cruz, tende piedade de nós.

T.    Senhor tende piedade de nós.

A.    A dor e o sofrimento de tantos irmãos não nos desanimam na caminhada, mas fortalecem a confiança em Deus, Pai misericordioso. Por isso entoemos o salmo 8, alternando os lados.

LadoA. Teu nome Senhor é tão bonito,/ tu moras no céu, lá nas alturas./

 Até criancinhas inocentes / já sabem que vences o inimigo.

LadoB. Olhando p´ro céu que tu fizeste,/ eu vejo as estrelas, vejo a  lua/

 Entendo que o homem vale muito,/ Pois, tudo pra ele tu fizeste.

LadoA. Menor um pouquinho do que os anjos/ Mas cheio de glória e de valor/

 De ti recebeu poder e força./ De tudo vencer e dominar.

LadoB. Os bois e as ovelhas dos currais/ E o gado que pasta pelos campos/

 Os peixes do mar e os passarinhos/ E tudo o que corta o ar e as águas.

2.      Palavra de Deus

A.     Jesus é a Palavra viva no meio de nós. Aclamemos a Palavra de vida e Salvação.

Canto de Aclamação - Lc, 10, 25-37. Momento de Reflexão e Meditação

3.      Reflexão e Partilha

A.     A palavra que escutamos e partilhamos é profundamente comprometedora, porque nos faz pensar em nossa caminhada de vocacionados e vocacionadas, de missionários e missionárias.

L1.    Amar a Deus e amar ao próximo é a síntese de toda lei, pois quem ama permanece em Deus, Deus permanece nele (cf. 1Jo 4,16b).

L2.    Somos vocacionados e vocacionadas ao amor, revelado em gestos concretos que promovem saúde, justiça e solidariedade nesse mundo descrente, dilacerado por guerras, discórdias, violências e falta de caridade.

L3.    “Vivamos o amor e por amor, seguindo o mandamento de Jesus: “Vá e faça a mesma coisa” (Lc 10,37)”.

(Pode-se partilhar sobre quais atitudes o evangelho nos convida a assumir diante do tema “Fraternidade e Saúde Pública” e sobre  o lema “Senhor, que a saúde se difunda sobre a terra (cf. ECLO 38,8)”).

Canto de meditação (à escolha)

4.      Preces

A.     Nossa Oração e nosso louvor sejam sinceros, Senhor, pois em Ti depositamos nossa inteira confiança, fé e esperança. Por isso aclamamos:

T.      Senhor, que a saúde se difunda sobre a terra (cf. Eclo 38,8).

L4.    Deus, nosso Pai, vós que nos concedeis a alegria de reviver, a cada ano, a Páscoa de Jesus, dai-nos a graça de transcender a dor e o sofrimento para lutarmos por mais dignidade e saúde.

T.      Senhor, que a saúde se difunda sobre a terra.

L1.    Aumentai e suscitai em nossas comunidades pessoas que sejam generosas e disponíveis ao serviço voluntário e pastoral.

T.      Senhor, que a saúde se difunda sobre a terra.

L2.    Nós vos agradecemos, Senhor, pelo dom da vida, da vocação, da saúde e da missão. E queremos, como Maria, “Saúde dos Enfermos”, escutar tua Palavra e fazer tua vontade.

T.      Senhor, que a saúde se difunda sobre a terra.  

- - - Seguem preces espontâneas.

Oração Conclusiva

A.        Para concluirmos essa celebração, vamos rezar a oração da Campanha da Fraternidade 2012.

Lado A.    Senhor Deus de Amor, Pai de bondade, nós vos louvamos e agradecemos pelo dom da vida, pelo amor com que cuidais de toda a criação.

Lado B.    Vosso Filho Jesus Cristo, em sua misericórdia, assumiu a cruz dos enfermos e de todos os sofredores, sobre eles derramou a esperança de vida em plenitude.

T.      Enviai-nos, Senhor, o vosso Espírito. Guiai a vossa Igreja, para que ela, pela conversão, se faça sempre mais solidária às dores e enfermidades do povo, e que a saúde se difunda sobre a terra. Amém!

Pai Nosso - Ave Maria – Glória ao Pai (se for oportuno, pode-se rezar uma dezena).

Bênção Final

Canto
23 de janeiro de 2012 0 comentários

ORDENAÇÃO DE LEANDRO BLASIUS

História Vocacional
Leandro Blasius nasceu no dia 26 de setembro de 1984. Sua família reside no interior do município de Missal, na comunidade da Linha Jacutinga. Ali nasceu e cresceu, e alguns anos residiu em São Miguel do Iguaçu na comunidade de Vila Ipiranga.
Por muitos anos não sentia vontade de ser padre, nem mesmo de entrar em um seminário. Quando estava cursando a sexta série na escola de Linha Jacutinga, foi visitar a escola o Pe. Pedro Rabuske, o qual era da congregação dos Jesuítas, e fez o convite vocacional, motivando meninos para irem conhecer o Seminário Menor da congregação que era em Ubiratã. Interessei-me em conhecer o seminário, chamou-me a atenção o que ele falou sobre o seminário. Porém, o padre Pedro não quis acompanhar-me pelo fato de que estava apenas na sexta série. Procurei manter então contato por cartas com a congregação, porém, com o tempo desanimei, pois, tinha interesse mesmo de conhecer o seminário, porém, como era muito novo não me foi dada tal possibilidade.
No final do ano de 1998, o então seminarista Divo de Conto, que é da comunidade Linha Jacutinga, presidiu a Celebração da Palavra na noite de natal na comunidade. E no final da celebração ele falou sobre o seminário, e fez um convite aos adolescentes e jovens para futuramente fazer uma experiência de seminário. No momento se interessou na proposta, mas não se pronunciou. Depois de alguns dias foi em sua casa procura-lo para conversar sobre o assunto.
Nos dois anos seguintes (1999 e 2000) fez acompanhamento vocacional com Pe. Valdir Antônio Riboldi, participando também de encontros vocacionais, para conhecer melhro sua vocação e futuramente ingressar no Seminário Diocesano Nossa Senhora Medianeira.
Ingressou no Seminário Diocesano Nossa Senhora Medianeira no dia 25 de fevereiro de 2001. Neste período de seminário, cursou o Ensino Médio e em 2003 o propedêutico. De 2004 a 2006 cursou Filosofia em Francisco Beltrão e em 2007, após concluir o curso de Filosofia auxiliou como assistente da formação no Seminário Nossa Senhora Medianeira. De 2008 a 2011 cursou Teologia em Cascavel residindo no Seminário Nossa Senhora de Guadalupe.
Agora, concluídos os estudos, se apresenta à Diocese de Foz do Iguaçu para ser ordenado diácono e sacerdote desta Diocese. E faz um convite especial aos jovens e adolescentes: “Dentre tantas coisas que aprendi neste tempo de seminário, destaco a importância da oração na minha vida, que anima e motiva o seguimento de Jesus. E posso dizer com alegria e tranquilidade a muitos jovens que buscam definir suas vocações: é necessário em primeiro lugar colocar o projeto de Deus dentro dos nossos projetos, discernir o que Deus quer de cada um de nós, e certamente nos realizaremos em nossa vocação”.
Por isso, com alegria convidamos toda a nossa diocese para participar da celebração de ordenação diaconal do seminarista Leandro Blasius no dia 02 de março deste ano na comunidade Rosa Mística (Jardim Guarapuava, Paróquia Anunciação do Senhor).
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ANIMADOR VOCACIONAL: QUEM É E O QUE DEVE FAZER

Subsídio de Formação de Animadores Vocacionais
para o mês de Fevereiro
ANIMADOR (A) VOCACIONAL: QUEM É E O QUE DEVE FAZER
“O dever de fomentar as vocações pertence a toda a comunidade dos fiéis” (OT 2, PDV 41)
A preocupação, portanto, com as vocações é de responsabilidade de toda a comunidade cristã e, como já foi dito outras vezes, a Animação Vocacional é uma dimensão da pastoral diocesana. Portanto, alguns cristãos dentro da comunidade eclesial, sentem-se chamados(as), vocacionados(as), a serem voz do Deus que chama para ocuparem-se das vocações. Estes são os animadores(as) vocacionais, pessoas “chamadas para chamar”.
            Animador vocacional é aquela pessoa entusiasta, padre, religioso (a) ou leigo (a), que imprime esperança e faz levantar o ânimo das comunidades desanimadas, fazendo-as ouvir o chamado de Deus.
Qualidades de um (a) animador (a) vocacional
Apontamos aqui algumas qualidades necessárias ao animador vocacional, religioso ou leigo, a fim de que seu trabalho obtenha os resultados esperados. Elas não se encontram em todos os animadores, pois todos são humanos, sujeitos a falhas. São, todavia, objetivos a alcançar. Todos os dias cada um poderá aperfeiçoar-se nas qualidades humanas, não desprezando a graça divina.
Antes de tudo, o animador vocacional devera ser uma pessoa de fé e oração. O adolescente, o jovem acreditam antes na pessoa que apresenta o ideal do que no ideal apresentado. Eles querem saber se é possível viver o que está sendo apresentado. Antes de acreditar na felicidade, querem saber se a pessoa que está falando é feliz. Todo animador se prepara pela oração acolhendo o dom de Deus, na humildade de seu coração, sabendo-se instrumento nas mãos divinas. O próprio mandato do Senhor: “Rogai ao Senhor da Messe que envie operários à sua Messe” (Mt 9,38), deve encontrar eco, em primeiro lugar, naquele que é enviado, em nome da Igreja, a convidar novos operários para o cultivo de sua Messe. 
Exige-se grande zelo por todos os vocacionados. O animador deve mostrar por todos um grande amor. Sua dedicação, sua disponibilidade, seu serviço devem ser sem medidas, ele deve possuir esse dom antes de assumir o cargo. Ninguém deveria ser nomeado para assumir essa função se não tivesse esse espírito zeloso, que se reflete na dedicação constante em favor do Reino de Deus, não medindo sacrifícios ou adiando renúncias. O zelo pelos fiéis deve ser uma qualidade de todo aquele que consagrou sua vida, em qualquer serviço, em favor do Reino de Deus, mas nessa ação pastoral deve ficar sobremaneira vigilante, pois está cultivando um chamado muito frágil, que necessita de atenção permanente, dedicação constante e amor sem medida.
Eis uma palavra de fácil compreensão: entusiasmo. A pessoa que se entusiasma por uma causa com muita facilidade arrasta atrás de si imensa multidão. O entusiasmo sempre contagia. Todos os jovens percebem logo se a pessoa “vestiu a camisa” da causa que prega ou se é meramente um funcionário, sem vibração. A presença de uma pessoa apática, morna, indefinida cria dificuldades para o bom andamento da equipe vocacional. Quem é entusiasta pelas vocações faz de tudo para ganhar jovens para Cristo, objetivo maior. Ele se prepara, descobre novas alternativas, é criativo, se aperfeiçoa e se dedica ao estudo e ao preparo constante para seu trabalho, irradiando alegria e satisfação.
Por que alguns animadores vocacionais conseguem mais candidatos que outros? Será por simpatia ou por mais qualidades humanas?
Eis o que na verdade conta: sinceridade, humildade, espírito de diálogo, capacidade de trabalhar em equipe, enfim, perseverança no trabalho.
É essencial e exigência para todos os animadores vocacionais a virtude da sinceridade, Não se deve encontrar falsidade em suas colocações. A franqueza e a honestidade no trato com todos são indispensáveis. Ninguém tolera um caniço agitado pelo vento.
Dentro de uma equipe vocacional não devem ser minimizadas, destruídas ou menosprezadas as capacidades, os resultados e as virtudes do colega ou do leigo da comunidade. Se o coordenador o fizer, não estará “somando” com a Igreja, mas dando um contra testemunho. Cada um tem sua personalidade própria, com seus dons e qualidades, que podem ser aperfeiçoados, nunca imitados ou copiados.
Aliada a esta virtude da sinceridade encontra-se a da humildade. O animador vocacional humilde nunca conta vantagens de seu trabalho e do êxito alcançado. Muito menos faz referência ao trabalho pouco eficiente do colega. A humildade exige que ele guarde em segredo o numero de vocacionados que está acompanhando, sabendo-se humilde instrumento nas mãos de Deus. Caso contrário, isso pareceria fruto de suas habilidades pessoais. Na verdade, o resultado bom alcançado deve ser creditado ao pároco, aos catequistas, aos professores e às comunidades.
De fato, o animador deve ter consciência de que ele apenas colhe o que outros plantaram. No mundo da fé, a animação vocacional situa-se na “opção da fé”, que ocorre apenas quando há uma boa “educação da fé”. Dessa forma, quem preparou o terreno favorável para o surgimento de uma vocação não foi aquele que chegou de repente em uma comunidade e despertou interesse pela vida religiosa em alguns jovens. Quem criou o clima favorável, e por muito tempo viveu e testemunhou a fé, foram as pessoas da comunidade no dia-a­ -dia de suas vidas. Agora, numa hora determinada, houve apenas o “toque provocativo”, o impulso a seguir este ou aquele caminho.
Também deve caracterizar um animador vocacional o espírito de diálogo. Vivemos num mundo pluralista e democrático, onde a apologia e o autoritarismo não conseguem converter. O respeito aos pontos de vista dos outros, sem deixar de discordar ou sacrificar as próprias convicções, cria uma atmosfera propícia para a vivência da caridade na diversidade.
Em todos os momentos, especialmente em publico, a caridade cristã deve ser um distintivo permanente para quem atua em nome da Igreja. Assim, um diálogo caridoso, valorizando a pessoa do outro e as convicções comuns, é um ponto de partida para uma reflexão progressiva. Do contrário, cria-se um mundo de fechamento, no qual a animosidade leva a discussões estéreis, sem vantagem para Cristo e sua Igreja.
A capacidade de trabalhar em equipe caracteriza, de certa forma, o mundo de hoje. Na pastoral das vocações, quem não consegue trabalhar em equipe não conseguirá qualquer resultado. Tudo é organizado em equipe: o planejamento as reuniões, os impressos, as viagens, a organização das palestras, os encontros vocacionais, as romarias, as caminhadas...
Trabalhar em equipe não é somente um discurso. Todas as qualidades devem ser vividas antes no próprio grupo. Cada um deve ter o espírito da Parábola do Bom Pastor (Jo 10,11-16). É necessário que todos se ajudem, que sejam desenvolvidos a capacidade de caminhar juntos, o respeito mútuo, a atenção aos mais necessitados de apoio.
Finalmente, ressaltamos a perseverança no trabalho iniciado. Pessoas “desanimadas” contagiam negativamente todo o ambiente. Não deve haver desânimo porque na primeira oportunidade não houve a resposta esperada. E muito menos amaldiçoar a tudo e a todos por não ter tido o próprio esforço reconhecido ou valorizado. Além disso, o animador vocacional não pode ficar continuamente se queixando, se lamuriando pelo trabalho penoso assumido.  Se tiver aceito com alegria, nada será demais, mesmo que sacrifique  algumas horas extras durante o dia, na certeza de que terá um retorno gratificante por tudo o que realizou.
A virtude da perseverança venceu obstáculos quase intransponíveis para muitos. A paciente espera por resultados favoráveis fez vibrar de alegria os pescadores desanimados, agora com a abundante pesca, após uma noite mal sucedida (Lc 5,5). Nesse trabalho não há heróis natos; todos os que conseguiram algo o fizeram após muita dedicação e amor em favor da causa em que acreditaram.
Qual o papel do animador vocacional?
Ser animador vocacional é uma vocação. É uma pessoa que vive com alegria, que conseguiu dar sentido à existência, mediante cultivo da fé em Jesus Cristo e a sua Igreja. (Como pessoa humana) - É uma personalidade adulta que vive com satisfação, uma vida rica de sentido, mediante o cultivo do SER, enriquecendo-o com todas aquelas qualidades humanas. Este exerce um papel fundamental na Igreja devendo:
- Criar um clima e ambiente vocacional nas pessoas, famílias e na comunidade.
- Suscitar vocações: despertar nos membros do povo de Deus à vontade e a disposição de estarem atentos aos chamados concretos de Cristo e da Igreja, em sua vida pessoal e na realidade eclesial.
- Discernir as vocações: ajudar a cada cristão a descobrir, em suas ânsias e tentativas de compromisso, as afinidades profundas do seu ser em relação com a função concreta no corpo da Igreja.
- Cultivar opções: orientar e acompanhar o cristão em seu compromisso concreto e histórico, para um maior descobrimento e crescimento vivencial que o leve à maturidade da opção da comunidade da Igreja, tanto na linha da santidade como na do ministério.
Processo de Formação de um Animador Vocacional:
1 - VIVÊNCIA: CRISTÃ EVANGÉLICA
- é a base da formação de um animador vocacional para ser testemunho de vida. Uma vivência evangélica no sentido comunitário de uma vida de CARIDADE, ESPERANÇA E FÉ. Para ter a experiência de fraternidade deverá ser formado num trabalho e vivência de equipe de vida com planejamento e revisão de vida e trabalho. Dias de encontro, de formação, são importantes e necessários.
2 - REFLEXÃO DOUTRINÁRIA
- Intensa formação teológica à base dos documentos conciliares, no contexto bíblico e da história da Igreja. O estudo do homem, tanto de sua psicologia, como de sua realidade sociológica. As técnicas modernas de ação e de comunicação devem fazer parte de sua bagagem intelectual.
3 - TREINAMENTO PRÁTICO
a) compromissos com os movimentos paroquiais e diocesanos.
b) contato com as modernas técnicas de trabalho com jovens.
c) participação de encontros de animadores vocacionais, de equipes que trabalham com
jovens e estar a par de experiências apostólicas.
d) levar a comunidade o material vocacional desenvolvido pela Diocese (a celebração Vocacional do 2º domingo de cada mês, os cartazes das semanas vocacionais, o material do Dia Mundial de Oração pelas vocações no 4º Domingo da Páscoa e o material do mês vocacional etc)
e) envolver-se com a coordenação de catequese e com grupo de adolescentes e jovens de sua comunidade;
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CELEBRAÇÃO 2º DOMINGO DE FEVEREIRO

CELEBRAÇÃO VOCACIONAL PARA O II DOMINGO DO MÊS DE FEVEREIRO DE 2012
6º Domingo do Tempo Comum
12 de Fevereiro de 2012
Com: Irmãos e irmãs sejam Bem vindos e bem vindas! Estamos iniciando esta celebração vocacional com espírito de alegria e de acolhida. A Trindade Santa age em nossas vidas e nos fortalece para a missão da partilha e do amor. A compaixão de Jesus leva-o a curar um doente marginalizado e a reintegrá-lo à sociedade. Jesus se compadece diante do sofrimento humano, a tal ponto de devolver aos sofredores a sua dignidade. Celebramos com alegria nossa fé no Cristo ressuscitado e assumamos o seu projeto de amor. Iniciemos nossa celebração com o canto.
Ato Penitencial
Com: A Sociedade em que vivemos, muitas vezes nos faz perceber e valorizar mais o visível, o palpável, o imediato, e nos faz cegos, surdos e com o coração fechado ao mistério do amor de Deus em nossa vida. Assim influenciadas, fugimos ao apelo de Deus e tomamos um caminho mais cômodo, descomprometido com a justiça, a dignidade e a paz. Deus nos ama e, por isso, nos escolhe, ou, Ele nos escolhe porque nos ama. Conscientes das nossas falhas peçamos perdão.
(As três pessoas com velas anunciam bem alto, o pedido de perdão enquanto anuncia apaga a sua vela e fica mostrando a vela apagada. Entre um e outro pedido cantar o refrão).
 1. Senhor, Deus de amor e bondade, que nos escolhestes antes mesmo de nascermos, perdoai nossas infidelidades e tende piedade de nós.
T. Senhor Tende Piedade de nós.
2. Cristo, que nos chamais a promover a vida plena, perdoai nossas fraquezas e tende piedade de nós.
T. Cristo Tende Piedade de nós.
3. Senhor, que pela ação do Espírito de Deus nos enviais a levar a boa nova a todos, perdoai nosso comodismo e indiferença e tende piedade de nós.
T. Senhor Tende Piedade de nós.

Hino de Louvor
Com: O ser humano é criado para louvar, reverenciar e servir a Deus. Tudo converge para Cristo, centro da história da Salvação. Cantemos, louvando a Deus Uno e Trino. Cantando
Liturgia da Palavra
Com: Na primeira leitura ouviremos que ao homem declarado leproso impunha-se um comportamento especial para que fosse reconhecido e vivesse fora da comunidade. Jesus o reintegra na comunidade. Na segunda leitura o apóstolo nos convida a fazer tudo para a glória de Deus e pelo bem das pessoas. Dar gloria a Deus é reconhecer que só Deus é absoluto.
1ª leitura: Lv 13,1-2.44-46  
Salmo de Meditação 31
2ª leitura: 1cor 10,31-11-1
Evangelho: Mc 1,40-45
 Preces
1. Para que a Igreja, em sua missão, se volte principalmente para os pobres necessitados, rezemos.
2. Para que os bispos, padre, diáconos e ministros leigos tenham carinho especial pelos doentes, rezemos.
3. Para que os médicos e as pessoas dedicadas à saúde exerçam sua missão com muito amor, rezemos.
4.Para que as autoridades enfrentem com determinação os problemas na área da saúde pública, rezemos.
5. Para que a sociedade rejeite e combata todas as formas de discriminação, rezemos.
(preces espontâneas).
 Preparação das Oferendas:
COM: Nós ouvimos a Palavra de Deus e dissemos que acreditamos nela. Quem acredita na Palavra, vive o amor que Jesus nos ensinou. Junto ao Pão e o Vinho, ofertamos as esperanças e aflições que sofrem por doença, solidão ou exclusão social. Representamos esta caminhada através dos símbolos aqui oferecidos, (Pão e Vinho flores) para que participemos desta festa do amor. Cantando
História Vocacional
(Poderá ser lida no final a história Vocacional do Seminarista Leandro Blasius que será Ordenado Diácono em nossa Diocese no próximo dia 02 de março)
Leandro Blasius nasceu no dia 26 de setembro de 1984. Sua família reside no interior do município de Missal, na comunidade da Linha Jacutinga. Ali nasceu e cresceu, e alguns anos residiu em São Miguel do Iguaçu na comunidade de Vila Ipiranga.
Por muitos anos não sentia vontade de ser padre, nem mesmo de entrar em um seminário. Quando estava cursando a sexta série na escola de Linha Jacutinga, foi visitar a escola o Pe. Pedro Rabuske, o qual era da congregação dos Jesuítas, e fez o convite vocacional, motivando meninos para irem conhecer o Seminário Menor da congregação que era em Ubiratã. Interessei-me em conhecer o seminário, chamou-me a atenção o que ele falou sobre o seminário. Porém, o padre Pedro não quis acompanhar-me pelo fato de que estava apenas na sexta série. Procurei manter então contato por cartas com a congregação, porém, com o tempo desanimei, pois, tinha interesse mesmo de conhecer o seminário, porém, como era muito novo não me foi dada tal possibilidade.
No final do ano de 1998, o então seminarista Divo de Conto, que é da comunidade Linha Jacutinga, presidiu a Celebração da Palavra na noite de natal na comunidade. E no final da celebração ele falou sobre o seminário, e fez um convite aos adolescentes e jovens para futuramente fazer uma experiência de seminário. No momento se interessou na proposta, mas não se pronunciou. Depois de alguns dias foi em sua casa procura-lo para conversar sobre o assunto.
Nos dois anos seguintes (1999 e 2000) fez acompanhamento vocacional com Pe. Valdir Antônio Riboldi, participando também de encontros vocacionais, para conhecer melhro sua vocação e futuramente ingressar no Seminário Diocesano Nossa Senhora Medianeira.
Ingressou no Seminário Diocesano Nossa Senhora Medianeira no dia 25 de fevereiro de 2001. Neste período de seminário, cursou o Ensino Médio e em 2003 o propedêutico. De 2004 a 2006 cursou Filosofia em Francisco Beltrão e em 2007, após concluir o curso de Filosofia auxiliou como assistente da formação no Seminário Nossa Senhora Medianeira. De 2008 a 2011 cursou Teologia em Cascavel residindo no Seminário Nossa Senhora de Guadalupe.
Agora, concluídos os estudos, se apresenta à Diocese de Foz do Iguaçu para ser ordenado diácono e sacerdote desta Diocese. E faz um convite especial aos jovens e adolescentes: “Dentre tantas coisas que aprendi neste tempo de seminário, destaco a importância da oração na minha vida, que anima e motiva o seguimento de Jesus. E posso dizer com alegria e tranquilidade a muitos jovens que buscam definir suas vocações: é necessário em primeiro lugar colocar o projeto de Deus dentro dos nossos projetos, discernir o que Deus quer de cada um de nós, e certamente nos realizaremos em nossa vocação”.
Por isso, com alegria convidamos toda a nossa diocese para participar da celebração de ordenação diaconal do seminarista Leandro Blasius no dia 02 de março deste ano na comunidade Rosa Mística (Jardim Guarapuava, Paróquia Anunciação do Senhor – Foz do Iguaçu).
 
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