26 de março de 2012 0 comentários

49º Dia Mundial de Oração Pelas Vocações


49º DIA MUNDIAL DE ORAÇÃO PELAS VOCAÇÕES
IV domingo de Páscoa – 29 de Abril de 2012
As vocações, dom do amor de Deus
Carta do Papa Bento XVI
Amados irmãos e irmãs!
O 49º Dia Mundial de Oração pelas Vocações, que será celebrado no IV domingo de Páscoa – 29 de Abril de 2012 –, convida-nos a refletir sobre o tema «As vocações, dom do amor de Deus».
A fonte de todo o dom perfeito é Deus, e Deus é Amor – Deus caritas est –; «quem permanece no amor permanece em Deus, e Deus nele» (1 Jo 4, 16). A Sagrada Escritura narra a história deste vínculo primordial de Deus com a humanidade, que antecede a própria criação. Ao escrever aos cristãos da cidade de Éfeso, São Paulo eleva um hino de gratidão e louvor ao Pai pela infinita benevolência com que predispõe, ao longo dos séculos, o cumprimento do seu desígnio universal de salvação, que é um desígnio de amor. No Filho Jesus, Ele «escolheu-nos – afirma o Apóstolo – antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis em caridade na sua presença» (Ef 1, 4). Fomos amados por Deus, ainda «antes» de começarmos a existir! Movido exclusivamente pelo seu amor incondicional, «criou-nos do nada» (cf. 2 Mac 7, 28) para nos conduzir à plena comunhão consigo.
À vista da obra realizada por Deus na sua providência, o salmista exclama maravilhado: «Quando contemplo os céus, obra das vossas mãos, a Lua e as estrelas que Vós criastes, que é o homem para Vos lembrardes dele, o filho do homem para com ele Vos preocupardes?» (Sal 8, 4-5). Assim, a verdade profunda da nossa existência está contida neste mistério admirável: cada criatura, e particularmente cada pessoa humana, é fruto de um pensamento e de um ato de amor de Deus, amor imenso, fiel e eterno (cf. Jer 31, 3). É a descoberta deste fato que muda, verdadeira e profundamente, a nossa vida.
Numa conhecida página das Confissões, Santo Agostinho exprime, com grande intensidade, a sua descoberta de Deus, beleza suprema e supremo amor, um Deus que sempre estivera com ele e ao qual, finalmente, abria a mente e o coração para ser transformado: «Tarde Vos amei, ó beleza tão antiga e tão nova, tarde Vos amei! Vós estáveis dentro de mim, mas eu estava fora, e fora de mim Vos procurava; com o meu espírito deformado, precipitava-me sobre as coisas formosas que criastes. Estáveis comigo e eu não estava convosco. Retinha-me longe de Vós aquilo que não existiria, se não existisse em Vós. Chamastes-me, clamastes e rompestes a minha surdez. Brilhastes, resplandecestes e dissipastes a minha cegueira. Exalastes sobre mim o vosso perfume: aspirei-o profundamente, e agora suspiro por Vós. Saboreei-Vos e agora tenho fome e sede de Vós. Tocastes-me e agora desejo ardentemente a vossa paz» (Confissões, X, 27-38). O santo de Hipona procura, através destas imagens, descrever o mistério inefável do encontro com Deus, com o seu amor que transforma a existência inteira.
Trata-se de um amor sem reservas que nos precede, sustenta e chama ao longo do caminho da vida e que tem a sua raiz na gratuidade absoluta de Deus. O meu antecessor, o Beato João Paulo II, afirmava – referindo-se ao ministério sacerdotal – que cada «gesto ministerial, enquanto leva a amar e a servir a Igreja, impele a amadurecer cada vez mais no amor e no serviço a Jesus Cristo Cabeça, Pastor e Esposo da Igreja, um amor que se configura sempre como resposta ao amor prévio, livre e gratuito de Deus em Cristo» (Exort. ap. Pastores dabo vobis, 25). De fato, cada vocação específica nasce da iniciativa de Deus, é dom do amor de Deus! É Ele que realiza o «primeiro passo», e não o faz por uma particular bondade que teria vislumbrado em nós, mas em virtude da presença do seu próprio amor «derramado nos nossos corações pelo Espírito Santo» (Rm 5, 5).
Em todo o tempo, na origem do chamamento divino está a iniciativa do amor infinito de Deus, que se manifesta plenamente em Jesus Cristo. «Com efeito – como escrevi na minha primeira Encíclica, Deus caritas est – existe uma múltipla visibilidade de Deus. Na história de amor que a Bíblia nos narra, Ele vem ao nosso encontro, procura conquistar-nos – até à Última Ceia, até ao Coração trespassado na cruz, até às aparições do Ressuscitado e às grandes obras pelas quais Ele, através da ação dos Apóstolos, guiou o caminho da Igreja nascente. Também na sucessiva história da Igreja, o Senhor não esteve ausente: incessantemente vem ao nosso encontro, através de pessoas nas quais Ele Se revela; através da sua Palavra, nos Sacramentos, especialmente na Eucaristia» (n.º 17).
O amor de Deus permanece para sempre; é fiel a si mesmo, à «promessa que jurou manter por mil gerações» (Sal 105, 8). Por isso é preciso anunciar de novo, especialmente às novas gerações, a beleza persuasiva deste amor divino, que precede e acompanha: este amor é a mola secreta, a causa que não falha, mesmo nas circunstâncias mais difíceis.
Amados irmãos e irmãs, é a este amor que devemos abrir a nossa vida; cada dia, Jesus Cristo chama-nos à perfeição do amor do Pai (cf. Mt 5, 48). Na realidade, a medida alta da vida cristã consiste em amar «como» Deus; trata-se de um amor que, no dom total de si, se manifesta fiel e fecundo. À prioresa do mosteiro de Segóvia, que fizera saber a São João da Cruz a pena que sentia pela dramática situação de suspensão em que ele então se encontrava, este santo responde convidando-a a agir como Deus: «A única coisa que deve pensar é que tudo é predisposto por Deus; e onde não há amor, semeie amor e recolherá amor» (Epistolário, 26).
Neste terreno de um coração em oblação, na abertura ao amor de Deus e como fruto deste amor, nascem e crescem todas as vocações. E é bebendo nesta fonte durante a oração, através duma familiaridade assídua com a Palavra e os Sacramentos, nomeadamente a Eucaristia, que é possível viver o amor ao próximo, em cujo rosto se aprende a vislumbrar o de Cristo Senhor (cf. Mt 25, 31-46). Para exprimir a ligação indivisível entre estes «dois amores» – o amor a Deus e o amor ao próximo – que brotam da mesma fonte divina e para ela se orientam, o Papa São Gregório Magno usa o exemplo da plantinha: «No terreno do nosso coração, [Deus] plantou primeiro a raiz do amor a Ele e depois, como ramagem, desenvolveu-se o amor fraterno» (Moralia in Job, VII, 24, 28: PL 75, 780D).
Estas duas expressões do único amor divino devem ser vividas, com particular vigor e pureza de coração, por aqueles que decidiram empreender um caminho de discernimento vocacional em ordem ao ministério sacerdotal e à vida consagrada; aquelas constituem o seu elemento qualificante. De fato, o amor a Deus, do qual os presbíteros e os religiosos se tornam imagens visíveis – embora sempre imperfeitas –, é a causa da resposta à vocação de especial consagração ao Senhor através da ordenação presbiteral ou da profissão dos conselhos evangélicos. O vigor da resposta de São Pedro ao divino Mestre – «Tu sabes que Te amo» (Jo 21, 15) – é o segredo duma existência doada e vivida em plenitude e, por isso, repleta de profunda alegria.
A outra expressão concreta do amor – o amor ao próximo, sobretudo às pessoas mais necessitadas e atribuladas – é o impulso decisivo que faz do sacerdote e da pessoa consagrada um gerador de comunhão entre as pessoas e um semeador de esperança. A relação dos consagrados, especialmente do sacerdote, com a comunidade cristã é vital e torna-se parte fundamental também do seu horizonte afetivo. A este propósito, o Santo Cura d’Ars gostava de repetir: «O padre não é padre para si mesmo; é-o para vós» [Le curé d’Ars. Sa pensée – Son cœur ( ed. Foi Vivante - 1966), p. 100].
Venerados Irmãos no episcopado, amados presbíteros, diáconos, consagrados e consagradas, catequistas, agentes pastorais e todos vós que estais empenhados no campo da educação das novas gerações, exorto-vos, com viva solicitude, a uma escuta atenta de quantos, no âmbito das comunidades paroquiais, associações e movimentos, sentem manifestar-se os sinais duma vocação para o sacerdócio ou para uma especial consagração.É importante que se criem, na Igreja, as condições favoráveis para poderem desabrochar muitos «sins», respostas generosas ao amoroso chamamento de Deus.
É tarefa da pastoral vocacional oferecer os pontos de orientação para um percurso frutuoso. Elemento central há de ser o amor à Palavra de Deus, cultivando uma familiaridade crescente com a Sagrada Escritura e uma oração pessoal e comunitária devota e constante, para ser capaz de escutar o chamamento divino no meio de tantas vozes que inundam a vida diária. Mas o «centro vital» de todo o caminho vocacional seja, sobretudo, a Eucaristia: é aqui no sacrifício de Cristo, expressão perfeita de amor, que o amor de Deus nos toca; e é aqui que aprendemos incessantemente a viver a «medida alta» do amor de Deus. Palavra, oração e Eucaristia constituem o tesouro precioso para se compreender a beleza duma vida totalmente gasta pelo Reino.
Desejo que as Igrejas locais, nas suas várias componentes, se tornem «lugar» de vigilante discernimento e de verificação vocacional profunda, oferecendo aos jovens e às jovens um acompanhamento espiritual sábio e vigoroso. Deste modo, a própria comunidade cristã torna-se manifestação do amor de Deus, que guarda em si mesma cada vocação. Tal dinâmica, que corresponde às exigências do mandamento novo de Jesus, pode encontrar uma expressiva e singular realização nas famílias cristãs, cujo amor é expressão do amor de Cristo, que Se entregou a Si mesmo pela sua Igreja (cf. Ef 5, 25).
Nas famílias, «comunidades de vida e de amor» (Gaudium et spes, 48), as novas gerações podem fazer uma experiência maravilhosa do amor de oblação. De fato, as famílias são não apenas o lugar privilegiado da formação humana e cristã, mas podem constituir também «o primeiro e o melhor seminário da vocação à vida consagrada pelo Reino de Deus» (Exort. ap. Familiaris consortio, 53), fazendo descobrir, mesmo no âmbito da família, a beleza e a importância do sacerdócio e da vida consagrada. Que os Pastores e todos os fiéis leigos colaborem entre si para que, na Igreja, se multipliquem estas «casas e escolas de comunhão» a exemplo da Sagrada Família de Nazaré, reflexo harmonioso na terra da vida da Santíssima Trindade.
Com estes votos, concedo de todo o coração a Bênção Apostólica a vós, veneráveis Irmãos no episcopado, aos sacerdotes, aos diáconos, aos religiosos, às religiosas e a todos os fiéis leigos, especialmente aos jovens e às jovens que, de coração dócil, se põem à escuta da voz de Deus, prontos a acolhê-la com uma adesão generosa e fiel.

19 de março de 2012 0 comentários

Encontro Vocacional no Seminário Diocesano

JOVEM, CRISTO CHAMA! A DECISÃO E TUA!

Acontece dias 24 e 25 de Março:
1º Encontro Vocacional do ano 2012 no Seminário Diocesano Nossa Senhora Medianeira!
Início: Dia 24, Sábado 8h30 e Término no Domingo, dia 25 com o almoço!
“Fala Senhor, que teu servo te escuta” (1Sm 3,9)
Trazer para o encontro:
- Bíblia e terço; Caderno e caneta; Material para jogar futebol; Roupa de cama e material de higiene pessoal..
Você já pensou em ser Padre!
 Venha conhecer e fazer parte da família do Seminário Diocesano!
 Vocação realizada, futuro Feliz!!!!!!
Localização do Seminário: Avenida 24 de outubro 440, BAirro Belo Horizonte, Medianeira, Paraná. BR277 saída para Cascavel.
CONTATOS - TEL: 45 3264-3088 - 45 88021719
18 de março de 2012 0 comentários

Que a saúde se difunda sobre a terra!

No clima da Campanha da fraternidade deste ano, o site Família Cristã traz uma reflexão formidável sobre a liturgia.
Gostaríamos de reproduzi-la aqui:

A serpente que feria o povo se tornou instrumento de cura no deserto, e se tornou também sinal daquele que seria levantado no madeiro para a salvação do mundo. Na árvore do paraíso, foi dito um não a Deus. Na árvore da cruz, se diz o sim salvador. Nesta Quaresma, esperamos um sim claro por uma política pública eficiente para a saúde, e um sim forte de rejeição à corrupção que desvia para contas particulares recursos destinados à saúde.
O povo morria no deserto picado por cobras. Moisés fez uma cobra de bronze e a levantou numa haste. Quem olhava para ela, ficava curado. Hoje podemos da própria cobra tirar o soro antiofídico. Deus não perde onde o homem ganha. Deus nos deu uma inteligência criativa e solidária para com ela procurarmos soluções humanas para os nossos problemas. Naquilo em que não somos capazes, podemos pedir a intervenção de Deus por meio de seus santos, e os santos que devem agir em primeiro lugar somos nós.
Ao ser levantado na cruz, Jesus mostra o amor de Deus Pai para com todos os seus filhos. Ele não quer que eles morram, mas que tenham a vida eterna. A experiência humana de Deus no Verbo encarnado mostra que Deus não está interessado apenas na vida depois da morte. Seria então preferível morrer no ventre da mãe. A luz de Cristo que ilumina este mundo põe às claras o que aqui se faz. Nossas ações devem ser feitas segundo a verdade para não serem denunciadas pela luz. Quem pratica o mal, odeia a luz. Impedir que a população tenha acesso aos recursos da medicina contemporânea é praticar o mal e odiar a luz.
Ciro, rei da Pérsia, deixou-se iluminar pela luz de Deus e tomou uma decisão em favor do bem. Libertou o povo de Deus, cativo na Babilônia, e o mandou de volta à sua terra para reconstruir o Templo de Deus. Reconstruir o Templo de Deus significava, na prática, reconstruir a nação. Um povo nunca será uma verdadeira nação se viver escravizado, marginalizado, sem perspectiva. Uma nação não é feita de escravos e doentes. Que triste o povo que não sabe a quem recorrer para cuidar da sua saúde e para a sua segurança. Quem me ajudará, se preciso de atendimento agora e só o terei meses mais tarde? Onde está o meu socorro, se o violento é protegido por quem deve me proteger?
Parece que nós mesmos não encontramos com facilidade a solução de nossos problemas. Precisamos do dom de Deus. “Fomos criados em Jesus Cristo para as obras boas, diz a Carta aos Efésios, obras que Deus preparou de antemão para que nós as praticássemos”. Fé e oração devem mover as mãos que prescrevem receitas ou redigem leis, que distribuem os recursos públicos ou movimentam instrumentos cirúrgicos.
É preciso estar bem para cantar os cânticos de Sião. É preciso estar interiormente feliz para se sentir bem. Repousando em Deus, nosso coração se aquieta. Quanto ao nosso corpo, aceitamos a fraqueza da matéria, o peso da idade, a enfermidade natural, mas não aceitamos que ações más criem situações insustentáveis. Sabemos unir os sofrimentos deste mundo ao sofrimento de Cristo, porque não há comparação entre o que passamos nesta terra e o que Deus preparou para nós no céu, mas não podemos aceitar que não haja formação adequada para os agentes da saúde ou que se faça da doença uma fonte de enriquecimento.

Fonte: http://www.fc.org.br/publique/cgi/public/cgilua.exe/web/templates/htm/fc2008/view_PUB-PAL.htm?user=reader&infoid=58934&editionsectionid=11
12 de março de 2012 0 comentários

O Leandro agora é Diácono

Com alegria o Clero de nossa Diocese de Foz do Iguaçu acolheu no último dia 02 de março o diácono Leandro Blasius que está exercendo o ministério junto à comunidade da Catedral Nossa Senhora de Guadalupe.




Queremos agradecer aos membros da Equipe Diocesana de Animação Vocacional que estiveram na Paróquia Anunciação do Senhor em Foz do Iguaçu preparando esse momento especial, no trabalho nas escolas e colégios, com as celebrações nas comunidades e no trabalho de formação das lideranças sobre a importância da Animação vocacional na vida da Igreja.


1 de março de 2012 0 comentários

Saúde espiritual: CF 2012 e animação Vocacional

SUBSÍDIO DE FOMAÇÃO DE ANIMADORES VOCACIONAIS PARA MARÇO 2012

Saúde Espiritual - Campanha da Fraternidade de 2012
Tema: Fraternidade e Saúde Pública
Lema: Que a saúde se difunda sobre a terra! (Eclo 38,8).

“Tu destes saúde aos doentes, Senhor, Mostrando que veio Teu reino de amor!
Contigo queremos os fracos amar,/Da vida e saúde de todos cuidar”!

Esse é o grande desejo de Jesus, diante dos irmãos que somos chamados a cuidar da vida e Ele viveu, ensinou e proclamou que vivêssemos. “Eu vim para que todos tenham vida e vida em plenitude”! (cf. Jo 10,10)

A Campanha da Fraternidade deste ano busca ampliar o termo saúde levando em consideração tanto o físico, psíquico, humano e o espiritual. Dirige seu foco para urgentíssima questão da saúde pública da população brasileira, criando uma excelente oportunidade para que aconteça uma mobilização geral envolvendo autoridades, setor privado e cidadãos comuns, com o objetivo de se elaborar políticas públicas eficazes na garantia ao direito de vida saudável para todas as pessoas.

            O tema “Fraternidade e a Saúde Pública” e o lema “Que a saúde se difunda sobre a terra” momento propício para que a saúde seja colocada em destaque como prioridade absoluta na garantia da qualidade de vida e possa ser discutida numa ótica profunda no conceito de um desenvolvimento sustentável. Para que ela possa ser entendida, não simplesmente como ausência de doença, mas como “o estado de completo bem estar físico, psíquico e social”. É a oportunidade de se estabelecer um processo de articulação entre os órgãos institucionais, os setores privados de saúde, as igrejas e especialmente as escolas, para promover uma conscientização em massa sobre os cuidados com a educação para a preservação da saúde. Por mais dispendioso que seja um processo educativo para a garantia de condições dignas de saúde a toda a população, será sempre muito menos oneroso do que correr atrás de curar as doenças quando a prevenção não existe.

Existe uma preocupação, sobretudo, da igreja de levar o ser humano a se questionar sobre sua própria harmonia com Deus e com as pessoas que convivem com Ele. Porém, isso mostra que não somente a saúde física deve ser pontuada dentro do setor saúde, o corpo humano funciona de forma espontânea transmitindo as nossas fraquezas e tristezas. Tudo isso é sentido pela nossa parte espiritual o que faz a nossa mente e corpo estarem interligados em um mesmo objetivo, o ser humano na integridade e não partes isoladas. A nossa saúde espiritual depende muito de como tratamos o nosso interior, se descuidamos de alimentar todos os dias nossa espiritualidade perdemos a vivacidade de nosso interior.  Deus nos deu muitos dons, mas o que importa é estarmos em contato com Ele através da oração, estas são formas de alimentarmos o que temos de realmente valioso em nossa vida.  Contudo, a espiritualidade deve ser trabalhada juntamente com a saúde do corpo, não somente algumas pessoas têm estes privilégios, mas todas as pessoas que acreditam em Deus. Sabemos que nessa relação de cuidado consigo mesmo, nada é mais importante para podermos dar as voltas que o mundo faz, que perceber que saúde não depende somente de bem estar social e sim da simplicidade da alma e a saúde.

Olhando o cartaz da Campanha da Fraternidade, ele atualiza o encontro do Bom Samaritano como doente que necessita de cuidados (Lc 10,29-37). Percebemos aí uma faceta de um Deus misericordioso que ama seus filhos(as) e por isso, somos convocados a vivermos o espírito de solidariedade, partilha e fraternidade. 

Como agentes comprometidos numa Igreja solidária queremos nos preocupar com a dignidade humana em todas as suas dimensões do ser, tendo em vista o aperfeiçoamento no cuidado como ser humano na sua integridade, sem preconceito e sem discriminação.

Toda pessoa tem direito a uma vida digna e assim ter acesso ao sistema único de Saúde SUS, a espiritualidade é reconhecida como uma necessidade humana que aponta os cuidados que o doente tem direito, isto é, a pessoa que necessita ser tratada neste âmbito tem necessidades de ser aceita, acolhida, ouvida, amada por profissionais que tem “vocação”, seja presença viva de um Deus misericordioso que é amor visível na sua criatura imagem e semelhança. Portanto, a dimensão espiritual é fundamental na existência humana. Ela é bem estar, conforto, esperança alívio para qualquer um de nós. “Fortalecer a percepção de que boa saúde não é apenas ausência de doenças; é vida plenamente vivida em todas as suas dimensões pessoais e sociais”. (Papa João Paulo II, em mensagem encaminhada na CF de 1981).

O nosso desejo que essa campanha da Fraternidade nos leve a uma profunda conversão interior  e nos perguntemos:
·       Como eu cuido da minha saúde espiritual? E da saúde da minha família? Como eu procuro aprofundar minha saúde espiritual?
·         O que posso fazer no ambiente que vivo, trabalho com meus amigos para SER mais presença?
 
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