Celebração Vocacional
DOMINGO 13 DE JANEIRO
O Batismo do Senhor
BATISMO: FONTE DE TODAS AS VOCAÇÕES
Esta
sugestão que pode ser adaptada à realidade de cada comunidade. É um esforço da
Pastoral Vocacional de nossa Diocese para que todas as comunidades possam rezar
pelas vocações, de modo especial as de nossa Diocese.
Sugestões para preparar o ambiente
* Crucifixo, vela, Lecionário
conduzido pelos leitores.
* Jovens trazendo na procissão de
entrada símbolos do Sacramento do Batismo (Água, óleo, Luz, a veste branca), e
abrindo esta procissão uma pessoa com o cartaz da JMJ (fazendo referência ao grande evento da Jornada Mundial,
associado ao sacramento do Batismo, porta de entrada da Vida Cristã e do
compromisso com a comunidade na resposta dada ao chamado feito por Deus).
* Pessoas
caracterizadas representando as diversas vocações.
Anim.: Queridos irmãos e irmãs! Sejam todos bem-vindos. Neste
início de ano é propício para nós como Igreja rezar pelas vocações e nos
fazermos disponíveis para testemunhar Jesus Cristo, nos tornando assim
motivadores vocacionais em nossa realidade local. O Batismo, porta de entrada
na vida da Igreja, nos compromete a sermos missionários de Jesus, assumindo
nossa vocação específica, que brota deste Sim a vida Cristã. A partir do
batismo, todos são chamados à santidade, à fé e ao seguimento de Jesus. Todas
as outras vocações nascem da vocação batismal.
A missão de João
Batista, o Precursor era preparar os caminhos do Messias. Vivia, portanto, na
expectativa do encontro com Ele. Do mesmo modo queremos nós viver este encontro
com Jesus. Queremos através de nossa adesão ao Mestre, sermos neste ano, verdadeiros
animadores vocacionais em nossa Diocese de Foz do Iguaçu.
Neste tempo em
que vivemos o ANO DA FÉ, e também vivenciamos desde já em nossa Diocese a
JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE, queremos assumir nossa condição de batizado nos
colocando a serviço das vocações. Motivados pela força do espírito, e com muita
fé, iniciemos nossa celebração cantando.
ATO PENITENCIAL
Presidente: Somos povo de
Deus, povo de servidores. A vocação está na dimensão do serviço. Sem esta
atitude a vocação torna-se um “poder ou um privilégio”, distante da vida e do
povo. Como batizados, assumimos a missão de servir ao irmão.
Pedindo a misericórdia de Deus, cantemos...
HINO DE LOUVOR
OREMOS..
Liturgia da palavra
Anim.: Escutemos atentamente o que o Senhor nos fala através das
leituras de hoje. Ao ser batizado, Jesus é proclamado Filho querido e amado de
Deus e assume publicamente a missão recebida do Pai. Quando o Verbo se fez
Homem, Ele quis se sujeitar às leis que regem a vida humana. Assim, quis também
receber o batismo penitencial de João, o que atesta as palavras de Pedro: “Deus
não faz distinção entre as pessoas”. A páscoa de Cristo se revela em todos os
batizados conscientes e comprometidos com a própria missão de cristãos. Hoje a
Igreja confere este mesmo Batismo como Sacramento que nos faz participantes da
vida de Cristo e comprometidos na caminhada da sua Igreja. Ouçamos
1ª leitura: Isaias 42, 1-4.6-7
Sl 28 (29)
2ª Leitura: Atos 10, 34-38
Evangelho: Lucas 3.15-16.21-22
Subsídios para Homilia (sugestão para ajudar as comunidades
na reflexão)
Batismo
de Jesus
No
trecho do Evangelho de domingo, tirado de São Marcos, temos o relato do batismo
mais simbólico de toda a história. É interessante conhecer preliminarmente o
fundo de quadro em que se passou esse tão significativo fato.
Cortando a antiga terra de Israel de norte a sul, o
rio Jordão devia sua importância aos acontecimentos históricos que
transcorreram ao longo de seu curso, mais do que ao fato de ser elemento
indispensável para a manutenção da vida naquele árido território.
Fora
ele palco de muitos milagres e assistira a cenas grandiosas, nas quais brilhara
a justiça de Deus. Contudo, por volta do ano 28 de nossa era, o que ocorreu ali
superava de longe todo o passado. João, filho do sacerdote Zacarias, deixou seu
isolamento no deserto e passou a percorrer a região do rio, "pregando o
batismo de arrependimento para a remissão dos pecados". (Lc 3, 3).
A
corroborar sua autoridade moral, tinha o Batista sua vida de penitente do
deserto, extraordinariamente santa e mortificada: "Andava vestido de pêlo
de camelo e trazia um cinto de couro em volta dos rins, e alimentava-se de
gafanhotos e mel silvestre". Acrescia-lhe a reputação seu nascimento
milagroso, de muitos conhecido.
Mais
ainda: sabido era entre o povo eleito que fora profetizada a vinda de um
precursor do Messias: "Como está escrito no livro das palavras do profeta
Isaías: 'Uma voz clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor, endireitai as
suas veredas". (Lc 3, 4).
Suas
exortações partiam, assim, de alguém com todas as credenciais de autenticidade
para conduzir à conversão.
Havia
cerca de 400 anos que nenhum profeta fazia ouvir sua voz em Israel.
Nada
mais explicável, pois, do que o alvoroço causado por São João Batista. De todos
os lados afluíam multidões para ouvi-lo. Vendo-as diante de si, ele as
admoestava, e suas palavras calavam fundo nas almas, levando muitas ao
arrependimento: "Dizia ele: Fazei penitência porque está próximo o Reino
dos céus". (Mt 3, 2).
Símbolo
da purificação da consciência, necessária para receber esse "reino dos
céus" que estava "próximo", o batismo conferido por São João
confirmava as boas disposições de seus ouvintes. "Confessavam seus pecados
e eram batizados por ele nas águas do Jordão", conta São Mateus (3, 6).
Israelitas
de todas as classes acorriam ao profeta da penitência, dispostos a purificar o
coração. Entretanto, havia também os opositores. Saduceus, fariseus e doutores
da lei, que o viram inicialmente com bons olhos, não demoraram a votar-lhe
profunda antipatia. Incomodados com sua extraordinária influência, irritados
com as pregações, nas quais condenava os vícios em que eles incorriam, passaram
a agir contra João. Questionaram seu direito de batizar e lhe prepararam
armadilhas. Demonstrando grande sagacidade, São João não se deixou enlear.
Inexorável
para com os hipócritas e os soberbos, o profeta mostrava-se doce com os
sinceros e os humildes. "Preparai-vos!" repetia incansavelmente,
"abri a via do Senhor!"
Apareceram-lhe
discípulos, que o assistiam em seu ministério, e que passaram a constituir um
modelo de piedade mais fervorosa. Enfim, sua pregação produzia um grande
movimento popular rumo à virtude, como nunca se vira na história de Israel.
A
missão do Precursor era preparar os caminhos do Messias. Vivia, portanto, na
expectativa do encontro com Ele.
Não
esperou muito tempo. Certo dia, notou a presença de Jesus no meio dos
peregrinos. Tomado de sobrenatural emoção, inclinou-se para o recém-chegado,
esquivando-se de Lhe dar o batismo: "Eu devo ser batizado por ti e tu vens
a mim!"
Respondeu-lhe,
porém, Jesus: "Deixa por agora, pois convém cumpramos a justiça
completa". Obediente, São João O imergiu no Jordão.
Logo
que saiu da água, Jesus se pôs a orar. Então o céu se abriu e o Espírito Santo
desceu sobre Ele na forma de uma pomba. "E ouviu-se dos céus uma voz: Tu
és o meu Filho muito amado; em ti ponho minha afeição".
Algum
tempo depois de batizar o Messias, São João caminha para o martírio, deixando a
cena histórica, como ele mesmo havia predito: "Importa que ele cresça e
que eu diminua" (Jo 3,30). Entrara em cena o Salvador, estava cumprida a
missão do Precursor. Restava-lhe apenas o derradeiro ato de sua grandiosa vida:
o martírio.
Conforme
afirma São Tomás de Aquino, "todo o ensinamento e a obra de João eram
preparatórias da obra de Cristo, como a do aprendiz e do operário inferior é
preparar a matéria para receber a forma que há de introduzir o principal
artífice".
Os
grandes artistas tiveram aprendizes que pintaram as partes menos importantes de
seus quadros, ocupando- se eles apenas dos aspectos essenciais. Também os grandes
entalhadores tiveram auxiliares que afiavam as ferramentas, limpavam o ateliê,
faziam as compras das madeiras apropriadas, etc.
Assim
foi o trabalho de São João, preparando a vinda de Nosso Senhor.
Diante
da altíssima vocação do Batista, os Doutores da Igreja exprimiram sempre grande
admiração. São Tomás de Aquino, por exemplo, colocava João entre os profetas do
Novo Testamento. Se o considerássemos do Antigo . dizia o Aquinate . Seria
maior que Moisés.
Já
São Francisco de Sales vê João como profeta do Antigo Testamento, a última luz
da Lei mosaica e - diz sem titubear - a maior.
De
qualquer modo, a grandeza de João era tal que o próprio Jesus declarou ser ele
mais que um profeta, acrescentando este elogio supremo: .Entre os nascidos das
mulheres, não veio outro ao mundo maior que João Batista. (Mt 11, 11).
O
batismo conferido por São João não era da mesma natureza que o Batismo
sacramental, instituído posteriormente por Nosso Senhor Jesus Cristo. Provinha
verdadeiramente de Deus, mas não tinha o poder de conferir a graça
santificante. O próprio Batista pôs em realce a diferença: "Eu vos batizo
na água, mas eis que vem outro mais poderoso do que eu, a quem não sou digno de
lhe desatar a correia das sandálias; ele vos batizará no Espírito Santo e no
fogo." (Lc 3, 16).
O
efeito do batismo de João consistia num incentivo ao arrependimento dos
pecados, explica São Tomás de Aquino.
Ora,
em Jesus não havia sequer sombra de pecado, nem poderia haver, uma vez que Ele
era o Homem-Deus. Não tinha, portanto, matéria para arrependimento e
penitência. O que explica, então, que Ele tenha querido ser batizado?
Várias
são as razões dadas pelos Padres e Doutores da Igreja.
Eis
uma delas: quando o Verbo se fez Homem, Ele quis se sujeitar às leis que regem
a vida humana. Por exemplo, obedeceu às leis que estavam em vigor entre os
judeus, sendo apresentado no Templo após seu nascimento, sofrendo a
circuncisão, e cumprindo os ritos da Páscoa judaica. Assim, quis também receber
o batismo penitencial de João. Perdido no meio da multidão, Jesus inocente
submeteu-se a um rito destinado ao pecador: "Convém cumpramos a justiça
completa", justificou-se Ele perante o profeta.
Comentando
essas palavras, Santo Agostinho diz que Nosso Senhor "quis fazer o que
ordenou que todos fizessem". E Santo Ambrósio acrescenta: "A justiça
exige que comecemos por fazer o que queremos que os outros façam, e exortemos
os outros a nos imitarem pelo nosso exemplo".
Entre
as dez razões enumeradas na Suma Teológica para o batismo de Jesus, São Tomás
de Aquino coloca em destaque o objetivo da purificação das águas.
Citando
Santo Ambrósio, diz o Doutor Angélico que "o Senhor foi batizado, não por
querer purificar-se, mas para purificar as águas". Desse modo, continua
ele, as águas "purificadas pelo contato com o corpo de Jesus Cristo, que
não conheceu o pecado, tivessem a virtude de batizar". E conclui citando o
mesmo argumento, de São João Crisóstomo, de que Jesus "deixou as águas
santificadas para os que, depois, deveriam ser batizados".
Temos
aqui um interessante problema teológico-metafísico: por que razão Deus escolheu
a água como matéria para o Batismo?
A
água é um elemento rico em simbolismo. Por exemplo, é uma imagem da exuberância
de Deus. Basta considerar que três quartas partes da superfície da Terra são
constituídas por água.
Também
é símbolo de vida. É elemento essencial para a manutenção de todos os seres
vivos. Quanto mais abunda a água numa região, maior é a quantidade de plantas e
animais que ali se desenvolvem. Além disso, ela é o elemento preponderante da
matéria viva, de modo tal que o próprio corpo humano é composto, na sua maior
parte, de água.
Podemos
considerá-la também um símbolo da bondade, do carinho e da magnanimidade de
Deus para com a humanidade. Agrada ao ser humano vê-la cair, em forma de chuva,
cristalina, refrescante, tornando fértil o solo, favorecendo as plantações,
limpando o ar.
Vista
por outro prisma, tem ela uma potência descomunal de destruição. Apesar de toda
a técnica moderna, e de um presunçoso progresso que se julgou capaz de um dia
conseguir dominar os elementos da natureza, os homens se espantam e se
aterrorizam com a força destruidora das águas. E ainda nisso ela é para nós um
símbolo, o do poder onipotente de Deus.
Por
sua capacidade de lavar, ela lembra a limpeza espiritual. Por diversas vezes a
Sagrada Escritura assim a ela se refere, como no seguinte trecho:
"Derramarei sobre vós águas puras, que vos purificarão de todas as vossas
imundícies e de todas as vossas abominações" (Ez 36, 25). Nessa passagem,
o profeta Ezequiel prediz o batismo de São João e, mais especialmente, o
Batismo sacramental, instituído por Jesus. Do mesmo modo, ele é referido por
Zacarias, quando este diz: "Naquele dia jorrará uma fonte para a casa de
Deus e para os habitantes de Jerusalém, que apagará os seus pecados e suas
impurezas" (13, 1).
Nada
mais conveniente, portanto, do que a água ser a matéria do Batismo. E nada mais
adequado que Deus encarnado ter querido purificá-la pelo contato de seu
sacratíssimo corpo.
Outro
motivo, dos mais importantes, para o Senhor decidir sujeitar-se ao ritual do
Jordão era estimular nos homens o desejo do Batismo sacramental.
A
recepção do Batismo é necessária para a salvação, como demonstram as palavras
de Jesus a Nicodemos: "Quem não renascer da água e do Espírito não poderá
entrar no Reino de Deus" (Jo 3, 5). Pelo tom categórico da afirmação,
avalia-se a importância desse Sacramento.
O
batismo de João levava ao arrependimento dos pecados, mas não tinha o poder de
perdoá-los. O Batismo sacramental, instituído por Jesus Cristo, tem efeitos
infinitamente maiores.
Adão
transmitiu a todos os seus descendentes a culpa original. O Sacramento do
Batismo limpa a alma da mancha desse pecado, confere a graça santificante,
eleva o homem à condição de filho de Deus e abre-lhe as portas do Céu. Ele é a
chave de todos os outros Sacramentos, indispensáveis para o homem cumprir com
fidelidade a Lei de Deus.
Tal
é a grandeza e a eficácia do Sacramento do Batismo.
"Eis
o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo" (Jo 1, 29), declarou São
João Batista a dois de seus discípulos, indicando Nosso Senhor Jesus Cristo que
passava.
São
João Evangelista e seu irmão, São Tiago, que até então haviam seguido fielmente
o Batista, compreenderam que Jesus era Aquele ao qual deviam entregar suas
vidas. E deixando seu antigo mestre, procuraram logo o Senhor, pedindo-Lhe
permissão para O acompanharem e viver com Ele.
Pelos
séculos dos séculos, essas palavras do grande profeta da penitência ressoarão
no mundo, convidando todos os homens a também colocarem seus olhos no Divino
Salvador, a se encantarem com a figura d.Ele e como católicos fiéis a seguirem
seus mandamentos, até o momento em que forem chamados para estar
definitivamente com Ele, na vida Eterna. (Revista Arautos do Evangelho,
Janeiro/2003, n. 13, p. 7 à 11)
VOCAÇÃO
Falamos muito de
vocação. Quando dizemos que alguém tem vocação, afinal o que queremos dizer? A
palavra vocação vem do verbo no latim "vocare" (chama?). Assim
vocação significa chamado. É, pois, um chamado de Deus. Se há alguém que chama,
deve haver outro que escuta q responde.
A vida de todo ser
humano é um dom de Deus. "Somos obra de Deus, criados em Cristo
Jesus" (Ef 2,10). Existimos, vivemos, pensamos, amamos, nos alegramos,
sofremos, nos relacionamos, conquistamos nossa liberdade diante do mundo que
nos cerca e diante de nós mesmos.
Não somos uma existência lançada ao
absurdo. Somos criaturas de Deus. Não existe homem que não seja convidado ou
chamado por Deus a viver na liberdade, que possa conviver, servir a Deus
através do relacionamento fraternal com os outros. Você é uma vocação. Você é
um chamado.
Encontramos na Bíblia
muitos chamados feitos por Deus: Abraão, Moisés, os profetas... Em todas as
escolhas, encontramos: Deus chama diretamente, pela mediação de fatos e
acontecimentos, ou pelas pessoas. Deus toma a Iniciativa de chamar. Escolhe
livremente e permite total liberdade de resposta. Deus chama em vista de uma
missão de serviço ao povo. Vocação é o encontro de duas liberdades: a de Deus
que chama, a do Homem que responde. Podemos fazer uma distinção entre os
chamados: vocação à existência, vocação humana, vocação cristã e vocação
específica, uma sobrepondo-se à outra.
Vocação à existência -À vida Foi o
primeiro momento forte em que Deus manifestou todo o seu amor a cada um de nós.
Deus nos amou e nos quis participantes de seu projeto de criação como
coordenadores responsáveis por tudo o que existe. Fomos criados à imagem e
semelhança de Deus. A vida é a grande vocação. Deus chama para a vida, e Jesus
afirma que veio para que todos a tenham em abundância. (Jo 10,10).
Vocação humana - Ser
gente, ser pessoa. Foi nos dada à condição da "liberdade dos filhos de
Deus", inteligência e vontade. Estabelecemos uma comunhão com o Criador e,
nessa atitude dialogai, somos pessoas. A pessoa aprende a conviver, a dialogar,
enfim, a se relacionar. Todos têm direitos e deveres recíprocos. Infelizmente,
a obra-prima do Criador anda muito desprezada: enquanto uns têm condições e
oportunidades, outros vivem na miséria, sem condições básicas para ressaltar a
dignidade com que foram constituídos. No mundo da exclusão acontece a
"desumanização" e pode-se perder a condição de pessoa humana.
Vocação cristã -
Vocação de filho, de batizado. Todo batizado recebeu a graça de fazer parte do
povo eleito por Deus, de sua Igreja. Através da vocação cristã, somos chamados
à santidade, vocação à perfeição, recebendo a mesma fé pela justiça de Deus.
Fomos, portanto, eleitos e chamados pessoalmente por Cristo para ser, como
cristãos, testemunhas e seguidores do Mestre Jesus. Chamados â fé pelo batismo,
a pessoa humana foi qualificada de outra forma. Assim todos fazem parte do
"reino de sacerdotes, profetas e reis". (1 Pd 2,9). Toda pessoa
batizada tornou-se um seguidor de Cristo, participante de uma comunidade de fé
que pode ser chamada para participar da obra de Deus, como membro de sua
Igreja, seguindo caminhos diferentes.
Vocação laical (no
matrimônio /no celibato / solteiro - apóstolo). Assim todo cristão solteiro ou
casado, batizado em Cristo, tornando-' se membro da sua Igreja, é convocado a
ser apóstolo, anunciador do l Reino de Deus, exercendo funções temporais. O
leigo vive na l secularidade e exerce sua missão insubstituível nos ofícios e
trabalhos l deste mundo. O Concilio Vaticano II sublinhou que a vocação e a
missão l do leigo "contribuem para a santificação do mundo, como fermento
na \ massa'. (LG31) Vocação ao
ministério ordenado (diácono, padre e bispo).
É uma vocação de
carisma particular, é graça, mas passa pela mediação da Igreja particular, pois
as vocações são destinadas à Igreja. Acontece num acompanhamento sistemático,
amadurecendo as motivações reais da opção. O ministro ordenado preside e
coordena os serviços da comunidade. Por intermédio dos sacramentos, celebra a
presença de Deus no meio do seu povo. O presbítero é enviado a pastorear e
animar a comunidade. Ele é o bom pastor que guia, alimenta, defende e conhece
as ovelhas. "Isto exige humanidade, caráter íntegro e maduro, virtudes
morais sólidas e personalidade madura". (OT 11). Vocação à vida
consagrada (ser irmão religioso ou irmã religiosa / vida ativa ou
contemplativa).
O religioso é chamado a
testemunhar Cristo de uma maneira radical, vivendo uma consagração total nos
votos de pobreza, castidade e obediência. Com a pobreza, vivem mais livres dos
bens temporais, tornando-se disponíveis para Deus, para a Igreja e para os
irmãos. Com a castidade, vivem o amor sem exclusividade, sendo sinal do mundo l
futuro que há de vir. Com a obediência, imitam a Cristo obediente e fiel à
vontade do Pai.
Textos
bíblicos. Mateus 25,14-30; João 14, 5 - 7 Leia estes textos
com calma, um de cada vez, procurando trazê-los para a sua vida. Precisamos distinguir bem vocação de
profissão, pois não são exatamente a mesma coisa. Veja o quadro abaixo e
observe a distinção entre uma e outra:
Profissão
|
Vocação
|
1
. Aptidão ou escolha pessoal para exercer um trabalho.
|
1.
Chamado de Deus para uma missão, que se origina na pessoa como
reação-aspiração do ser.
|
2.
Preocupação principal: o "ter", o sustento da vida.
|
2.
Preocupação exclusiva: "o ser", o amor e o serviço.
|
3.
Pode ser trocada.
|
3.
É para sempre
|
4.
É exercida em determinadas horas.
|
4.
É vivida 24 horas por dia
|
5.
Tem remuneração
|
5.
Não tem remuneração ou salário
|
6.
Tem aposentadoria
|
6.
Não tem aposentadoria
|
7.
Quando não é exercida, falta o necessário para viver.
|
7.
Vive da providência divina
|
8.
Na profissão eu faço
|
8.
Ha vocação eu vivo.
|
A profissão dignifica a
pessoa quando é exercida com amor, espírito de serviço e responsabilidade. A
vocação vivida na fidelidade e na alegria confere ao exercício da profissão uma
beleza particular, é o caminho de santidade.
Oração dos
fiéis
Pe.: Irmãos e irmãs, rezemos a Deus pedindo que nos conduza
sempre com discernimento de pessoas comprometidas com o Batismo recebido. dizendo:
As.: Ouvi-nos Senhor!
1. Pelo papa, bispos e padres, e pela unidade do clero,
rezemos:
2. Para que neste Ano da Fé, todos os batizados reavivam o
ímpeto missionário, rezemos:
3. Por todos os que, pelo sim ao chamado de Deus, servem a
Igreja e a Cristo na pessoa no irmão necessitado, rezemos:
4. Pelos nossos seminaristas da Diocese de Foz do Iguaçu, que
sentem o chamado a vocação ao sacerdotal, para que sejam perseverantes na
caminhada e fervorosos na oração, rezemos:
5. Pelas pessoas que se dedicam a animação vocacional na
Diocese, paróquias e comunidades: que pelo testemunho possam cativar os jovens
e mostrar-lhes o caminho de Jesus Cristo, rezemos:
6. Por todos os jovens que sentem o chamado ao ministério
ordenado, para que, com coragem, assumam a vocação a eles confiada, rezemos:
Presidente.: Deus de misericórdia, ouvi com bondade a súplica de vossos
filhos e filhas, e concedei-lhes testemunhar com a vida o que receberam pela
graça batismal. Por Jesus Cristo, Nosso Senhor.
Apresentação
das oferendas
Anim.: pessoa
humana traz dentro de si as marcas do amor. Fomos criados por amor e com a
missão de amar. Foi Deus quem nos amou por primeiro. Por amor enviou seu filho
Jesus ao mundo para ensinar o caminho do amor, da justiça, do perdão, da vida e
da misericórdia a toda humanidade. Viver uma vocação é viver o amor.
Apresentemos no altar do Senhor nossa vida tornada serviço e doação. Cantemos.
LITURGIA EUCARÍSTICA
OREMOS...
Oração pelas vocações (Antes
da Bênção Final)
Jesus, mestre divino,
que chamastes apóstolos a vos
seguirem,
continuai a passar pelos nossos
caminhos,
pelas nossas famílias,
pelas nossas escolas, e continuai a
repetir
o convite a muitos dos nossos
jovens.
Dai coragem às pessoas convidadas.
Dai força para que vos sejam fiéis
na missão
de apóstolos leigos,
sacerdotes, diáconos, religiosos e
religiosas, para o bem do Povo de
Deus e de toda a humanidade.
Amém.
BENÇÃO
FINAL
0 comentários:
Postar um comentário